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TECNOLOGIA & INOVACAO
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SINERGIA 44
uma linha provisória ao lado para a
qual seria desviado o tráfego tempora-
riamente, a fim de se poder intervir na
plataforma da linha existente”, explica
Francisco Asseiceiro, diretor de estudos
e projetos da MEE Ferrovias e um dos
participantes do estudo levado a cabo
pela Mota-Engil Engenharia em parce-
ria com o LNEC (Laboratório Nacional
de Engenharia Civil).
“Chegou-se à conclusão de que haveria
condições geotécnicas que valorizavam
a substrutura da plataforma existente.
Esta consideração viria a permitir de-
senvolver uma obra com muito menor
custo, uma vez que não seria necessário
construir a linha provisória ao lado e
simultaneamente impedir a falta de
solos e outros materiais naturais que a
execução do projeto inicial obrigaria.”
ESTUDO DAMOTA-ENGIL
E LNEC DETERMINANTE
PARA GANHAR OBRA
DA SECÇÃO 5 DO
CORREDOR DE NACALA
Apresentado no maior evento internacional
de engenharia ferroviária na Austrália
Reabilitar um trecho com 100 quilómetros
de extensão de uma velha linha férrea
africana com um mínimo de interdi-
ções de via, um orçamento limitado
e um prazo extremamente apertado.
Foi este o desafio lançado por Brito dos
Santos, diretor da Mota-Engil Engenharia
Ferrovias (MEE Ferrovias) e um dos maio-
res especialistas portugueses e profundo
conhecedor de caminhos de ferro há mais
de 30 anos, que acreditava numa solução
mais realista, baseada numa renovação
de via, e com custos mais reduzidos.
“O estudo inicial para a secção 5 do Cor-
redor de Nacala, uma das obras mais
importantes para o Grupo Mota-Engil
em África, previa um tipo de intervenção
que, não sendo o mais adequado, pres-
supunha a necessidade de se construir
Idealizou-se então uma
intervenção baseada
numa renovação de via,
que implicava mudar o
armamento, balastro,
travessas e carril, realizando
intervenções pontuais na
plataforma nas zonas onde
os ensaios geotécnicos
vieram a identificar menor
rigidez da substrutura.